Brasil perde investimentos em biotecnologia farmacêutica

Um descontentamento pairou sobre a 6ª edição da CPhl South America, o maior evento de negócios e networking da comunidade farmacêutica, no qual foram tratados temas como biotecnologia, assuntos regulatórios, validação de processos de acordo com a nova guia da FDA, inspeções internacionais da Anvisa, perspectivas do mercado brasileiro e oportunidades e entraves para a pesquisa clínica no Brasil.

O gerente de marketing da Blau Farmacêutica, Moacir Sánchez, declarou que cada vez está mais difícil lançar novos produtos no Brasil. Tudo por conta da demora da Anvisa em liberar os produtos. O executivo calcula que esse processo demora de cinco a seis anos, exigindo investimentos elevados por parte das indústrias.

“Os estudos clínicos são caros e longos. Pode-se investir de R$ 4 milhões a R$ 5 milhões e não conseguir a liberação do produto”, aponta. O executivo enfatiza que o excesso de exigências, a burocracia e a escassez de pessoal da Anvisa dificultam o processo de liberação de produtos farmacêuticos no país, que, em sua opinião, chega a ser “pior do que o da FDA” (dos Estados Unidos). “Na FDA, pode-se obter a liberação de um produto em apenas dois anos”, afirma.

Em razão dessas dificuldades, a Blau decidiu focar seus negócios em países da América Latina “que tomam decisões mais rápidas”. A empresa, que já conta com plantas na Colômbia e no Uruguai, apresentou na feira a sua linha de medicamentos biotecnológicos. “Em meados de 2012, adquirimos com recursos próprios 50,98% da colombiana Sumimed. Em fevereiro deste ano, adquirimos a uruguaia Ganden”, salientou Sánchez.

Muitos dos medicamentos da Blau já são exportados para o Uruguai, Paraguai, Colômbia, Chile, Equador, Peru, República Dominicana, El Salvador, entre outros países. Com sede em Cotia-SP, a Blau surgiu em 1987 como importadora de preservativos. É pioneira na produção de biofármacos no Brasil. No ano passado, faturou cerca de R$ 350 milhões, com R$ 77 milhões de EBITDA. A projeção para este ano é de R$ 420 milhões, com R$ 100 milhões de EBITDA.

A Universidade de São Paulo (USP) montou um laboratório modelo na CPhl destinado à pré-formulação e a estudos de dissolução, formulação e estabilidade, além de servir para treinamento e capacitação de profissionais da indústria farmacêutica. O coordenador do Laboratório de Desenvolvimento e Inovação Farmacotécnica (Deinfar), professor Humberto Gomes Ferraz, declarou que o objetivo é fazer parcerias com o setor privado. O método de trabalho é baseado em gerenciamento de projetos.

A pré-formulação envolve a caracterização de fármacos, através de ensaios. O ensaio de dissolução é considerado uma das principais ferramentas para a avaliação de formas farmacêuticas sólidas. Na formulação, busca-se a inovação, “uma necessidade cada vez mais evidente na indústria farmacêutica”. O Deinfar oferece um serviço de análises para suporte a estudos de estabilidade, disponibilizando seus equipamentos de HPLC-UV.

As exposições de ingredientes para as indústrias farmacêuticas e alimentícias sofreram uma “invasão”. A presença da China foi maciça. Com mais de uma centena de empresas, dois pavilhões foram reservados para os chineses. Falando inglês e ávidos por fazer negócios, os chineses, em sua maioria jovens, ficaram retraídos diante da imprensa.

A CPhl South America e a FI South America já têm data marcada para acontecer no Expo Center Norte, em 2014: 5 a 7 de agosto.

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