Polícia desmantela esquema de venda e adulteração de suplementos alimentares fora da validade

Queridinhos de frequentadores de academia de ginástica, suplementos alimentares como Whey Protein, creatina e vitaminas foram alvos de uma quadrilha de criminosos, que adulteravam a fórmula dos produtos e o prazo de validade das embalagens. É o que descobriu a investigação que levou à operação policial que prendeu cinco pessoas em São Paulo.

O crime colocava em risco a saúde dos consumidores e vendia os produtos por um preço abaixo do mercado.

Um dos presos nessa operação é José Roberto Adriano Ferreira de Assis, mais conhecido como Betão. Ele é dono da KHorto Suplementos e investigado como principal mentor de todo o esquema.

A polícia encontrou conversas que mostram ele afirmando que um dos produtos estava com "miolo de rato".

Betão foi preso ao lado de mais quatro pessoas. Inicialmente, a investigação mirava em encontrar provas de fraudes fiscais, mas logo descobriu que se tratava de um esquema ainda maior.

Além dos crimes financeiros, a quadrilha também se voltava a crimes contra a saúde pública.

Receba nossas notícias por e-mailCadastre aqui seu endereço eletrônico para receber nossas matérias diariamente

"Esses produtos, com a data de vencimento já expirada, eles costumam se empedrar, então, eles abriam as embalagens, colocavam esses produtos em uma centrífuga para que voltasse ao estado anterior, e reembalavam", afirma o delegado Eduardo Miraldi, da Polícia Cível de São Paulo.

"Ô, Betão, deixa eu te falar uma coisa: aqueles energéticos venceu mês 3 agora. Tá a fim, não?", disse Eric, em uma mensagem de voz encaminhada a Betão.

Em outro áudio encontrado, Betão encomendava a adulteração de rótulos dos suplementos vendidos. "Vê se consegue apagar aí a validade", afirmou.

A investigação também descobriu que a quadrilha fraudava os produtos trocando as embalagens.

"Eles tinham uma casa que eles denominavam de casinha. No dia da apreensão, esses produtos estavam espalhados por todo o imóvel, inclusive dentro do banheiro, ou seja, nenhuma condição de higiene", diz o delegado Miraldi.

Em uma das mensagens encontradas, Betão se compara a um "lixão", e diz que todos o procuram para vender "coisa estourada".

Segundo o delegado, a quadrilha provavelmente também trabalhava em colaboração com outras empresas. É disso que se trata a segunda fase da investigação.

A Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, também vai apurar o caso, incluindo os rótulos originais dos produtos para checar se estavam seguindo as regras.

A maior parte da venda pela loja de Betão era via internet. Os produtos adulterados eram de várias empresas e fornecedores.

Por decisão da Justiça, Betão foi solto. Em nota, seus advogados dizem que "os fatos serão esclarecidos na investigação" e que estão convictos da "inexistência de adulteração dos produtos".

O consumo de um suplemento adulterado pode causar infecções graves e até mesmo levar a pessoa à morte.

Por isso, ao comprar um suplemento, é importante que o consumidor fique atento. Observe o preço — e suspeite se o valor for muito abaixo do mercado. Antes de ingerir, analise a coloração, cheiro e textura do produto.

Se notar qualquer fator suspeito, a pessoa deve entrar em contato com a empresa fabricante para verificar se o lote informado na embalagem corresponde ao do produto real.

 Participe também: Grupos de WhatsApp e Telegram para receber notícias

Telefones

Atendimento de segunda a quinta-feira das 08:00h às 18:00h e sexta-feira das 08:00h às 17:00h (Exceto Feriados).

Fale conosco

Sou aluno:

(62) 99433-0397

Quero me matricular:

CLIQUE AQUI

E-mail

faleconosco@ictq.com.br

Endereço

Escritório administrativo - Goiás

Rua Engenheiro Portela nº588 - Andar 5/6 - Centro - Anápolis/GO CEP

CEP: 75.023-085

ictq enfermagem e mec
 

Consulte aqui o cadastro da instituição no Sistema e-MEC

PÓS-GRADUAÇÃO - TURMAS ABERTAS