A carreira do farmacêutico toxicologista

A carreira do farmacêutico toxicologista

A carreira de farmacêutico toxicologista está inserida numa área das análises clínicas, realizando análises toxicológicas, e é muito demandada pelo mercado de trabalho.

Apesar dessa carreira não ter exclusividade farmacêutica na totalidade do seu no seu rol de atribuições - o que eleva a concorrência com outros profissionais - o farmacêutico toxicologista se destaca no mercado de trabalho. Não existem restrições geográficas para o exercício dessa carreira, no entanto uma das melhores oportunidades é atuar como perito criminal.

Perfil do farmacêutico toxicologista

Esta carreira é muito concorrida e requer aprovação em concurso público específico. Como exemplo pode-se citar os peritos criminais. Ser especialista em toxicologia analítica exige do profissional conhecimentos aprofundados e específicos dessa ciência. É preciso ser proficiente em toxicologia, principalmente nas áreas ocupacional, forense e ambiental, além de ter conhecimentos nas áreas de química analítica e instrumental. Exige do profissional aptidão para tarefas analíticas, gestão de laboratórios e capacidade de concentração. O inglês é indispensável, e o espanhol pode ser um diferencial para a carreira.

O que faz

Em laboratórios de análises clínicas:

- Atua como responsável pelo processo de gestão laboratorial;

- Realiza análises toxicológicas;

- É responsável técnico geral do laboratório ou apenas do setor de análises toxicológicas;

- Pode ser corresponsável de laboratórios de análises clínicas;

- Gerencia a qualidade;

- Responsabiliza-se pela supervisão técnica, operacional e administrativa;

- Desenvolve programas de controle de qualidade interno e externo;

- Identifica diferentes substâncias químicas, em diferentes matrizes, podendo atuar nas áreas de alimentos, medicamentos, ocupacional, social e ambiental; e

- Reconhece riscos químicos devido à exposição a agentes tóxicos.

Em perícias criminais:

- Faz perícia em locais de infração penal;

- Obtém informações, numa investigação policial, por meio da toxicologia forense;

- Rastreia a presença de drogas lícitas ou ilícitas no sangue de indivíduos vivos, por meio de exames;

- Realiza exames em cadáveres, por meio da necropsia;

- Investiga possíveis falsificações ou adulterações de medicamentos comercializados;

- Investiga acidentes químicos de massa; e

- Examina instrumentos utilizados em casos de infração penal.

Em laboratórios de análises ambientais:

- Estuda o efeito tóxico de contaminantes no meio ambiente;

- Realiza estudos relacionados à poluição atmosférica;

- Coordena ou acompanha o processo de tratamento de dejetos industriais; e

- Pesquisa e desenvolve metodologias para o tratamento e controle de águas, para serem utilizadas em indústrias ou para o consumo da população.

Onde atua

As 13 especialidades em toxicologia reconhecidas pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) são: 1. Toxicologia ambiental; 2. Toxicologia analítica; 3. Toxicologia clínica; 4. Toxicologia de alimentos; 5. Toxicologia de cosméticos; 6. Toxicologia de emergência; 7. Toxicologia de medicamentos; 8. Toxicologia desportiva; 9. Toxicologia experimental; 10. Toxicologia forense; 11. Toxicologia ocupacional; 12. Toxicologia veterinária; e 13. Toxicogenética.

Assim, o local onde ele atuará vai depender da especialidade e enfoque que escolher. Assim, pode-se atuar na área analítica ou experimental dentro de um laboratório de análises clínicas, de um centro de pesquisa, de um centro universitário ou veterinário. Também pode atuar na área clínica em hospitais, farmácias ou nos Centros de Informações Toxicológicas (CIT e CEATOX). Pode dar suporte jurídico e regulatório nos tribunais de justiça e nas vigilâncias sanitárias e órgãos legislativos, bem como pode atuar em assessoria e consultoria na área toxicológica.

Percebe-se, então, o vasto campo de atuação do profissional toxicologista, que trabalha para prevenir, diagnosticar ou tratar uma intoxicação que pode ser ocasionada por infinitas substâncias ou produtos químicos.

- Laboratórios de análises clínicas particulares, por exemplo: Fleury, Cura, Delboni Auriemo, SalomãoZoppi, Focus etc.

- Laboratórios de análises clínicas públicos, no Sistema Público de Saúde.

- Polícia civil e federal;

- Laboratórios de análises ambientais, por exemplo: Bachema, Hidrolabor, Ceimic etc.

Faixa salarial

O salário médio, por exemplo, para um perito criminal farmacêutico é de R$ 11.973,00 mensais. O salário pode variar de R$ 1.000,00 a R$ 23.905,00. Esta estimativa salarial tem base em 57 salários postados por funcionários no Portal Love Mondays para este cargo.

Caso de sucesso

O farmacêutico toxicologista, dr. Flaubertt Santana de Azeredo, é um profissional de sucesso na área. Atua na Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) de Goiás. É docente (graduação e pós-graduação) e trabalha, também, com perícia judicial (assessor) e toxicologia clínica (consultor nas condutas de intoxicação).

“Foi na toxicologia que me encontrei. Fui bolsista voluntário e depois remunerado pela CNPq em toxicologia, quando desenvolvi alguns artigos científicos e participei de congressos na área”, revela ele. Azeredo fez a graduação em Farmácia e, no último ano do curso, puxou a disciplina de toxicologia para sua grade, já que pensava em não fazer habilitação alguma. Na Universidade Federal de Goiás (UFG), a disciplina de toxicologia só existia nas habilitações da Farmácia (indústria, análises clínicas ou alimentos). Assim, se o profissional se graduasse só como farmacêutico, sem habilitação, não estudava toxicologia.

“Por causa do adiantamento da toxicologia, logo quando eu formei, fiz o concurso para professor substituto de toxicologia. Passei como docente e comecei a lecionar para os colegas que tinham se formado comigo na graduação, e que foram fazer a habilitação. Imagine o desafio!”, relembra Azeredo.

Como estava no meio acadêmico, era preciso produzir pesquisa, extensão e ensino. Para tal, era preciso foco, determinação e resiliência. “Procurei, então, encarar os desafios e buscar soluções para as dificuldades. A primeira era a capacitação. Fiz especialização em toxicologia para consolidar mais os conhecimentos. Depois, fiz mestrado em Ciências Farmacêuticas, tendo a toxicologia pré-clínica na linha de pesquisa”, ressalta ele.

Para obter mais experiência, começou a lecionar em outras faculdades e cursos para adequar melhor seu conhecimento à experiência de cada profissão. Propôs projetos de extensão que tratavam a toxicologia presentes em filmes e músicas para aproximá-la da população.

Para Azeredo, a toxicologia é uma área multiprofissional com atuação diversificada e enfoque profissional variado, seja clínico, analítico, experimental ou forense. “É uma área apaixonante e complementar à nossa atuação como profissional farmacêutico na garantia da segurança do paciente”, menciona ele.

Na Farmácia, é uma das 10 áreas de atuação definidas pelo CFF e possui 13 linhas de especialização, dentre as 135 especialidades farmacêuticas reconhecidas pelo CFF.

Como se preparar

O curso de graduação em Farmácia é imprescindível para profissionais que desejam seguir carreira de farmacêutico toxicológico. A especialização em Análises Toxicológicas é obrigatória.

O ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico possui o curso acima citado e é líder no mercado brasileiro em pós-graduação para farmacêuticos.

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