ICTQ navega com os Farmacêuticos nas Comunidades Ribeirinhas do Pará

Trabalho feito com amor...trabalho feito com empenho e profissionalismo...trabalho feito por farmacêuticos em doação! Essa é a definição mais concisa e adequada para o projeto Esse Rio é Minha Cura, desenvolvido junto às comunidades ribeirinhas nas ilhas de Abaetetuba, no Pará. A ação se baseia na união de farmacêuticos e apoiadores que, em seu domingo de folga, pegam um barco e levam gratuitamente assistência farmacêutica e medicamentos às comunidades carentes.

A equipe de jornalismo do ICTQ – Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico teve conhecimento do programa por meio de suas alunas de pós-graduação daquele Estado, e publicou uma matéria contando sobre a ação em 28 de fevereiro de 2019, intitulada Farmacêuticos do Pará percorrem rios para levar saúde à população.

Até a ocasião, o grupo havia feito duas incursões em comunidades de Abaetetuba, que fica há 120 quilômetros da capital paraense, Belém. A cidade concentra 156 mil habitantes no total e, destes, entre 44 mil e 47 mil habitantes vivem nas 72 ilhas locais.

Assim, movido pela vontade de ajudar, o fundador do ICTQ, Marcus Vinicius de Andrade, decidiu investir no projeto e torná-lo ainda mais grandioso, sempre sob a batuta dos organizadores originais. Com isso, a Instituição forneceu todos os subsídios necessários para que a equipe do projeto pudesse desempenhar sua função.

E mais! Andrade e a equipe de jornalismo do ICTQ puderam conhecer de perto a importância do trabalho de assistência farmacêutica dedicada àquela população, participando da terceira edição do projeto, ocorrida em 17 de março de 2019!

“O primeiro contato que eu tive com o Esse Rio é minha Cura Foi por meio das alunas do ICTQ em um Congresso que foi realizado, em dezembro de 2018, em Belém. Elas me falaram do projeto com tanto entusiasmo e com brilho no olhar que aquilo me tocou profundamente. Então, eu saí em férias e, na minha volta, retomei o assunto. Daí, escrevemos a primeira matéria sobre o tema, já com a intenção de participar dele”, relembra Andrade.

Ele ressalta que, no Norte, há ausência de assistência farmacêutica maior que no Sudeste e em outras regiões do País, e considera gratificante o fato de haver farmacêuticos que estão desenvolvendo um papel muito importante, e contribuindo para a melhora da saúde da população por meio de projetos como esse. Não basta apenas apoiar, é preciso participar.

Acompanhando cada passo

Como jornalista do ICTQ, eu, Egle Leonardi, fui presenteada com o convite para cobrir essa ação no local, e posso garantir que o retorno emocional foi muito maior do que o esforço (que não foi pequeno)! Assim, para dar a ideia da trajetória percorrida, vale destacar alguns detalhes.

Às 3h da manhã do dia 17 de março, a equipe do ICTQ embarca de Belém, no transporte por rodovia, rumo à Abaetetuba. Foram quase duas horas de trajeto. Além de Andrade, nossa equipe do ICTQ era composta pelo gestor Regional Norte/Nordeste, Deyvid Nery; e pelo gestor de Belém, Danilson Nascimento. Havia ainda o time de captação de imagens, composto por produtor, cinegrafista e operador de drone.

Começava o dia, quando chegamos a Abaetetuba, e fomos recepcionados pela equipe do projeto para um café da manhã: o idealizador, dr. Thiago Braga; as farmacêuticas alunas de pós-graduação do ICTQ, dra. Neylane de Cássia, dra. Luna Araújo e dra. Juliana Mourão Pedro; pelas farmacêuticas que também participaram de outras edições e que também coordenam o programa, a dra. Celyna Pinheiro e a dra. Maryene Guia, além dos demais integrantes do grupo de apoio local.

Depois disso, seguimos em direção ao ponto onde pegamos os três barcos que nos levaram, por quase uma hora, pelos rios até chegarmos no rio Arumanduba, onde há uma comunidade carente e que já havia sido contatada anteriormente pela equipe de apoio, e estava avisada de que a ação ocorreria lá, logo após a missa de domingo.

Chegamos ao local por volta das 9h30. Já havia uma pequena fila para o atendimento. Assim, os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) foram descarregados e organizados, e os seis farmacêuticos deram início aos atendimentos. As pessoas começaram a chegar. Eram mulheres, em sua maioria, carregando seus filhos. Havia homens também em busca de atendimento, provavelmente incentivados por suas esposas, já que, por tradição, os homens não recorrem a atendimentos de saúde com frequência.

Respaldados pela RDC 98/2016, os farmacêuticos faziam uma anamnese e prescreviam os medicamentos de sua alçada, na grande maioria destinados aos principais problemas da região: diarreia, vômito, problemas de pele, verminoses e desnutrição – típicos de localidades que não possuem água tratada.

Assim, um paciente após do outro foi atendido. Foram mais de 60 atendimentos até às 11h30, quando toda a comunidade que precisava de assistência farmacêutica já havia recebido acolhimento.

Após o almoço, nós seguimos nas embarcações rio adentro para conhecer outras comunidades, como Sarapuquara, e conversar com líderes locais para articular novas visitas futuras.

Quase 16h..já era o momento de voltar para Abaetetuba para evitar o horário de vazão, quando o rio baixa e os barcos podem ficar encalhados. Mais uma hora de retorno no barco até Abaetetuba, quando desembarcaram os farmacêuticos e demais membros da equipe. Depois, nós, do ICTQ, percorremos mais duas horas no transporte de volta até Belém, cuja chegada ocorreu por volta das 20h!

Cansaço físico evidente, mas amparado por energia emocional, já que a sensação de dever cumprido era grande.

Motivação farmacêutica

O farmacêutico, Braga, foi o idealizador do projeto, que já teve outras configurações e nomes. “Nós começamos a fazer esse trabalho voluntário na busca da valorização farmacêutica e de retorno para comunidade. Começamos com apenas uma pessoa e conseguimos ampliar com os colegas farmacêuticos da cidade. Alguns compraram a ideia de cidades vizinhas e o projeto cresceu”, conta ele.

Ele ressalta que vem enfrentando as dificuldades típicas da região ribeirinha amazônica. A logística é uma delas: “É difícil levar saúde e estar presente no dia a dia das comunidades, principalmente, pela distância e exigência de recursos. Anteriormente, nós é que subsidiávamos as edições, juntamente com alguns amigos e patrocinadores pontuais, que contribuíam com algum recurso. Passamos um bom tempo correndo atrás de parcerias para poder atender às pessoas”, lembra Braga.

Para a farmacêutica, Celyna, Esse Rio é minha Cura é uma ação que comove muito e a deixa muito aliviada: “Nós costumamos dizer que voltamos daqui, no domingo, com as energias recarregadas. Essa última ação, que realizamos agora com o apoio do ICTQ, serviu para renovar as nossas motivações para percebermos que estamos no caminho certo e que é uma ação que ajuda vidas. Com o apoio do ICTQ, nessa edição, percebemos que o profissional farmacêutico é ainda mais valorizado, porque conseguimos mostrar o nosso valor, conseguimos demonstrar o nosso conhecimento e que somos parte importante no processo da saúde”.

Já Maryene acredita que esse é um projeto único, autêntico e inovador.  Quando se objetiva impactar um determinado número de pessoas com o atendimento, a família toda acaba sendo impactada, porque não é só o paciente que sofre com determinada enfermidade, mas toda a família. “Isso é muito gratificante porque nós não conseguimos imaginar a proporção ou a dimensão que pode tomar. Hoje nós conseguimos avaliar porque é muito importante levar esse projeto adiante. Eu acordo cedo no domingo para vir sem problema nenhum. Saber que eu vou fazer o bem a alguém me motiva, e isso é impagável. Por meio do projeto nós conseguimos fazer jus à profissão farmacêutica”, defende ela, que acrescenta, dizendo conhecer as condições que o País se encontra. “Doar-se como voluntário, por meio de um projeto para poder contribuir e melhorar a condição da saúde de alguém, já me alivia um pouco. Aqui somos formiguinhas, mas acreditamos que fazemos a diferença para muitos, e isso é maravilhoso”, fala a farmacêutica.

Sonho concretizado

Neylane participa do projeto, na atual configuração, desde o início, e foi ela quem nomeou o programa atual. “Já chegamos à terceira edição, e isso é muito gratificante. Conseguimos realizar a primeira em dezembro, depois em fevereiro e agora conquistamos a terceira. A nossa intenção é dar continuidade e desejamos levar esse projeto para a toda a nossa comunidade ribeirinha”, fala ela. Neylane é aluna de pós-graduação do ICTQ e foi ela quem abordou o fundador da Instituição, juntamente com Luna, para expor o projeto e solicitar seu auxílio.

“É um sonho que eu tinha e estou concretizando, juntamente com ajuda do ICTQ. Eu me emociono até mesmo de falar porque é um desafio realizar esse projeto. Eu sempre participei de iniciativas sociais, como esta, desde a faculdade. Eu nunca pensei em ser um profissional de saúde para ter somente retorno financeiro, meu retorno está na realização de um atendimento humanizado”, ressalta ela.

Neylane afirma que o ICTQ abriu as portas e o coração para apoiar esse projeto e criou oportunidade para os profissionais de todo o Brasil. Os farmacêuticos e profissionais da área da saúde estão todos convidados a participar conosco e conhecer, de fato, a realidade da população aqui da nossa região. Esse projeto só tem a crescer “, convida a farmacêutica.

Já Luna relembra que, em novembro de 2018, assistiu a uma aula de pós-graduação do ICTQ que a inspirou, principalmente frente a sua evolução na questão da atenção farmacêutica. Nós tivemos uma ideia, sobretudo, após as matérias jornalísticas produzidas pelo ICTQ sobre as ações e serviços ofertados por alunos da Instituição”, revela a farmacêutica.

Ela continua: “o que achei interessante, e me entusiasmou muito, foi perceber que tudo que nós aprendemos na pós-graduação podemos aplicar no projeto, que é um meio de colocar em prática o conteúdo da sala de aula e atender a uma comunidade extremamente carente. Foi quando decidimos buscar auxílio de Andrade, fundador do ICTQ”.

Ela menciona que, ao perceber que o projeto havia crescido com a ajuda da Instituição, começou a sentir ainda mais orgulho em ser aluna. “Nosso coração está preenchido com uma alegria gigantesca e nos sentimos acolhidos como alunas e como cidadãs pela entidade. É gratificante realizar um projeto com uma super parceria”, comemora Luna.

Juliana relembra como tudo começou para ela: “Desde o início, quando eu comecei a estudar no ICTQ, eu buscava a minha realização como pessoa e como profissional. Eu ainda não havia terminado a minha graduação quando iniciei a pós-graduação, e eu já planejava participar de algum projeto social como este. Quando vi a divulgação do projeto nas redes sociais, eu me coloquei à disposição para conhecer de perto e praticar o cuidado farmacêutico”. Ela diz que, na dinâmica do mercado, no dia a dia da profissão, por vezes não há condições de prestar assistência farmacêutica adequada ao paciente que entra na farmácia.

“A experiência de participar desta terceira edição foi a melhor possível, porque era isso que eu buscava, é uma vivência que rende um aprendizado que é diferente da prática diária que vivenciamos dentro da sala de aula e no trabalho. Foi mais um dia de aprendizado e mais um dia de conhecimento”, comemora a farmacêutica.

Valorização farmacêutica

Maryene afirma que busca a valorização como farmacêutica a cada atendimento que realiza: “Durante os atendimentos conseguimos mudar a visão que o paciente tem da nossa profissão. Conseguimos fazê-lo entender que não servimos apenas para dispensar uma medicação. Somos o profissional que presta atenção, o cuidado e a orientação que é necessária para o paciente”.

Já Juliana afirma que, de todas as formas possíveis, o projeto tem mostrado o farmacêutico clínico como o principal agente da promoção e do cuidado com a saúde perante a comunidade. “Nós possuímos conhecimento para suprir as necessidades da população, principalmente, nesses lugares mais carentes e de difícil acesso. A nossa orientação, como farmacêuticos, é muito importante e faz a diferença na vida desses ribeirinhos”, ressalta ela.

Nascimento, que é o gestor do ICTQ em Belém, afirma que a instituição, além de oferecer os cursos de pós-graduação, está comprometida também com as causas sociais. “Quem ganha com isso é a comunidade, são as pessoas que integram o projeto e são as pessoas que trabalham no ICTQ. Isso porque os farmacêuticos que nós especializamos dentro da sala de aula aplicam o conhecimento na prática do dia a dia. Eu sinto muito orgulho por esses profissionais que levam serviços extremamente importantes para a população”, destaca ele.

Já Nery, que é gestor do Norte/Nordeste do ICTQ, defende que o farmacêutico é um profissional extremamente importante dentro do quadro da saúde e de projetos como esse, que o ICTQ apoia, e que ganha repercussão e muita visibilidade perante o mercado e a comunidade: “Os alunos estão extremamente entusiasmados em participar desse projeto e conhecer o instituto que apoia essa iniciativa, porque o ICTQ promove a classe farmacêutica, e é por isso que sentimos orgulho em fazer parte”.

Visão da comunidade

O jovem Luan da Costa Bentes, morador de uma das ilhas, é um importante facilitador do projeto junto às comunidades. Ele afirma que aquela população não tem o devido suporte que consiga atender aos necessitados. “Eu sou morador aqui da localidade e sempre busquei trazer benefícios, não só para minha comunidade, mas para as vizinhas porque eu sei das nossas necessidades. Esse projeto trouxe um benefício inexplicável, porque oferece um atendimento que não é ofertado aqui. Eles têm de se locomover para cidade para conseguir atendimento. Esse projeto promove o bem da região e sentimos muita gratidão por sermos capazes de oferecer um serviço desses”, diz, Bentes, emocionado.

Ele afirma que a população local vê o Esse Rio é a minha Cura como um socorro, como uma solução para muitos problemas: “Os farmacêuticos são vistos como os profissionais que conhecem o cuidado da atenção da saúde”.

Em busca de atendimento junto aos farmacêuticos do projeto, a moradora Francileia Cavalcante Andreia comentou que foi em busca de auxílio porque não tem acesso pleno e constante à saúde pública no município. Ela esteve lá acompanhada de sua filha menor para esclarecer algumas dúvidas e pedir orientações. “Esse projeto nos dá acesso ao atendimento de saúde, por isso ele é muito importante para nós. Eu sou muito grata e parabenizo a iniciativa. Eu espero que não seja a última vez”, ressalta ela.

Sobre os farmacêuticos, ela os considerou muito prestativos e atenciosos. Além disso, a dispensação de medicamentos é fundamental: “Para ter medicamentos, primeiro eu teria que arrumar o dinheiro para a embarcação me levar em Abaetetuba, além do dinheiro do medicamento em si”, revela ela.

Já a idosa Maria das Graças Gomes da Silva, conhecida carinhosamente na região como Tia Maria, diz: “Esse é um projeto muito importante para todos aqui da nossa comunidade. Sentimos uma alegria imensa em poder contar com pessoas que se preocupam com a nossa saúde. Eu fui muito bem atendida por um farmacêutico, recebi orientações, tirei dúvidas e peguei alguns medicamentos que eu preciso. A nossa comunidade é muito carente. Hoje eu trouxe meus filhos e meus netos para receberem atendimento, porque não temos acesso à saúde básica aqui, e fomos bem atendidos”.

Inicialmente, Ananias dos Santos Vasconcelos estava um pouco constrangido em receber atendimento, pois acreditava que os farmacêuticos só iriam receber mulheres e crianças – típico da crença popular de que o homem não precisa de cuidados com sua saúde. “Eu achei que os atendimentos aqui hoje eram somente para mulheres, minha esposa veio comigo e também foi atendida e pegou remédio. Eu faço uso contínuo de um medicamento e trouxe a receita para pegar o remédio e pedir umas orientações aos farmacêuticos, porque aqui não temos isso. Eu gostei muito do atendimento da farmacêutica. Nós não temos médico e é muito difícil sair daqui, e mais ainda conseguir uma consulta. Essa ação dos farmacêuticos facilita muito, porque eles perguntam quais são os problemas de saúde que temos e nos dizem o que fazer para sarar”, fala ele.

Precisam de recursos

Maria Raimunda Faria Gomes passou em atendimento e ficou muito satisfeita. “Consegui pegar a minha receita, porque estava precisando. Eu estava doente esses dias, minha glicose estava alta, minha pressão estava alta e fui para a UPA, mas não me passaram nenhum medicamento. Aqui no atendimento me deram todas as orientações. Esse atendimento aqui é muito importante porque não temos acesso a medicamentos e não temos dinheiro para comprar. Aqui no postinho sempre faltam remédios, e com esse projeto aqui temos a oportunidade de um atendimento para vermos como é que a nossa saúde está. Nesta região, nós sempre adoecemos e não temos recursos para sermos atendidos. Estou levando medicamentos para os meus filhos também”, conta ela.

Jonivaldo Ferreira Barreto também passou por atendimento farmacêutico. Ele disse que a população do local é muito carente e não tem acesso à saúde. “Nós temos até um postinho de saúde, mas a maioria das vezes nós não conseguimos atendimento, e quando somos atendidos não conseguimos resolver o nosso problema de saúde. É muito difícil ir para outra cidade. Os remédios também faltam por aqui. O atendimento com os farmacêuticos é completo: nós temos a consulta e já saímos com o remédio. Se sempre fosse assim seria ótimo. Eu não sou muito cuidadoso com a minha saúde. Foi a minha esposa que pediu para eu vir aqui hoje para ver os farmacêuticos. Toda a minha família foi atendida aqui: minha mãe, a minha esposa e os meus irmãos”, conta ele.

Os maiores resultados

Para o farmacêutico idealizador do projeto, Braga, que afirma já ter atendido cerca de 600 pessoas, o resultado de toda essa ação é a satisfação da sociedade, dos ribeirinhos, com a participação dos profissionais farmacêuticos. “Na nossa região, nós temos uma vulnerabilidade muito grande relacionada à saúde, saneamento, água potável. Com isso, as doenças vão se alocando, doenças pontuais que nós já sabemos quais são e como tratá-las”, menciona ele.

Com a falta do saneamento e água potável, a população tem muita verminose e, com ela, surgem as deficiências vitamínicas. Braga afirma que a equipe faz a orientação sobre alguns medicamentos, como os MIPs, que podem ser prescritos por esses profissionais.

“Quando eu idealizei essa ação, eu previ que, futuramente, mesmo se eu não estiver à frente dela, eu desejo que esse legado fique e que se estenda ainda mais, para poder atender a mais pessoas em outras regiões. Desejo que outros profissionais que cheguem ao mercado, e que saem da academia e das pós- graduações, deem continuidade a esse legado”, espera Braga.

Ele afirma que, poder contar com o ICTQ motiva a equipe ainda mais. “Como profissional eu me sinto realizado e satisfeito. Fico emocionado em ver que pessoas de fora, de outros Estados, se dispuseram a acreditar na gente, abraçaram o projeto e vieram, pessoalmente, para poder contribuir com ele. “O desejo é expandir o projeto e levá-lo a outras regiões, porque a vulnerabilidade da saúde está em vários locais do Brasil, não somente aqui”, fala Braga.

Custo de vida altíssimo

O modo de subsistência dos moradores das comunidades ribeirinhas do Pará é baseado no seguro-defeso e no bolsa família. Outro fator econômico de sobrevivência vem da própria natureza, do extrativismo do açaí em grão e do palmito do açaí. O agravante é que esses recursos são sazonais, ou seja, no período chuvoso - que é o inverno amazônico - é muito difícil a extração do açaí, tornando a escassez ainda maior.

Somado a isso, há o alto custo de vida, principalmente por conta da logística. “Não são todos que podem ter sua embarcação, e isso acaba deixando o custo de deslocamento e acesso muito alto. O combustível aqui dentro da Ilha chega a custar R$ 7 o litro, dependendo da localidade. Além disso, tudo o que os microempreendedores trazem para cá para poder revender, em termos de alimento e higiene, tem um custo a mais devido à logística”, comenta Braga.

Apoio faz parte do DNA do ICTQ

O Instituto completou dez anos e tem, por tradição, apoiar programas sociais que projetem e valorizem a atuação do profissional farmacêutico. “Nós temos um projeto, há seis anos, sobre o uso racional do medicamento. É uma exposição itinerante que percorre o País levando informações sobre o tema, de forma lúdica e didática à população. Neste momento, ela está no Poupa Tempo em São Paulo”, fala Andrade.

Ele afirma que ter a oportunidade em apoiar esse projeto no Pará é um privilégio, já que em Belém há uma das maiores unidades do ICTQ, com mais de 250 alunos em curso. “Participar e contribuir com um projeto que reconheça o valor do profissional farmacêutico é nossa obrigação, é uma resposta que nós damos à sociedade e que tem muito a ver com o nosso propósito, que é impactar os mais de 220 milhões de brasileiros por meio dos farmacêuticos que fazem a diferença com o conhecimento que eles adquirem em nossas salas de aula”, comemora o fundador do ICTQ.

Ele ressalta que ter participado desta terceira edição do projeto e conhecer a realidade dessas pessoas no seu cotidiano foi gratificante. “Os ribeirinhos ficaram felizes e extremamente agradecidos com a atenção e a orientação dos farmacêuticos. A maior recompensa dessa experiência foi ver o sorriso em cada pessoa que esteve aqui a procura do atendimento farmacêutico”, relembra Andrade.

Assim, o ICTQ já se propôs a apadrinhar esse projeto para dar continuidade a outras edições. “Nós temos a intenção de estruturar esse trabalho, em conjunto com seu idealizador, Braga, e toda a equipe. Nós queremos que todo o Brasil venha a conhecer e participar, inclusive nossos alunos e professores também. Assim, poderão contribuir com a saúde pública aqui no Norte”.

Andrade faz um chamado: “Venham conhecer de perto esta realidade e praticar o conhecimento que vocês adquirem em sala de aula. A nossa expectativa é que isso cresça, não só aqui no Pará, mas em todo o País”, finaliza ele.

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