Como é trabalhar na Onofre

A Drogaria Onofre atua no mercado com 241 farmacêuticos e possui 51 unidades. Com 84 anos de existência, atuando em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, a rede tem como foco as linhas voltadas à saúde, beleza e bem-estar. A presidente da empresa no Brasil, Elizangela Kioko, diz que a perspectiva para este ano é ampliar em 20% o faturamento. E o varejo online é a peça-chave.

A rede não revela a sua receita no País, mas, segundo o ranking da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) - que leva em conta dados de mercado - as vendas da varejista devem ter somado R$ 700 milhões no ano passado.

O presidente da SBVC, Eduardo Terra, diz que, apesar de a Drogaria Onofre ocupar a 12ª posição no ranking das farmácias e perfumarias por vendas totais, a empresa lidera a lista das redes do setor com maior faturamento por farmácia. Em 2017, por essa métrica, a empresa vendeu R$ 15,9 milhões, enquanto a gigante Raia Drogasil, líder em vendas totais, faturou R$ 8,6 milhões por farmácia. Para Terra, a estratégia de dar mais peso às vendas online faz sentido. Na sua avaliação, em cidades como São Paulo existe um número maior de drogarias, e a saturação do mercado é elevada.

Ela aparece também no ranking de consulta da Infojobs sobre a classificação das melhores empresas para trabalhar no Brasil. No site é possível consultar 1.019 avaliações sobre a rede. É importante dizer que esse ranking se atualiza mensalmente.

Na plataforma Infojobs, a pontuação média da Drogaria Onofre é de 4,1, de um total de 5 pontos, com base em 1.019 avaliações sobre Oportunidade de Promoção (3,7), Conciliação com a Vida Familiar (3,7), Ambiente de Trabalho (3,9) e Benefícios (3,2). Individualmente, a maior pontuação é em Ambiente de trabalho (3,9) e a menor em Benefícios (3,2). Cerca de 91% dos profissionais dizem que indicariam a Drogaria Onofre para um amigo e 83% aprovam a diretoria (com base nas 1.019 avaliações).

A Infojobs criou um comparativo salarial médio, de acordo com as remunerações informadas no portal. Na lista das 31 empresas, dez são do varejo farmacêutico. Lideram o ranking a Drogalis (R$ 4.494,00/mês), as Drogarias Farmais (R$ 4.133,00/mês), e a Drogaria Onofre (R$ 3.957,00/mês). Essas informações foram fornecidas ao portal Infojobs pelos profissionais que o acessam.

Já segundo o site de oportunidades profissionais, Love Mondays, a satisfação geral dos funcionários com a companhia é de 3,6, de um total de 5 pontos, com base em 112 avaliações. Essa pontuação considera a média de pontos obtidos em Remuneração (3,5) e Benefícios (3,5), Oportunidade de Carreira (3,1), Cultura da Empresa (3,6) e Qualidade de Vida (3,1).

No portal, a média salarial do farmacêutico fica em torno de R$ 3.475,00 com 225 salários postados. Entre os profissionais que já trabalharam ou trabalham na empresa, 76% a recomendariam a um amigo.

No portal da Catho – uma plataforma online de empregos - os profissionais também podem avaliar as empresas. A pontuação média da Onofre é 3,9, com base em 44 avalições. A categoria Oportunidade de Carreira é a mais bem classificada, com nota 3,6. Em seguida, vem Ambiente de Trabalho (3,6), Benefícios (3,0), Alta Gerência e Diretoria (3,5) e Qualidade de Vida (3,4). O nível de estresse foi classificado como médio.

Ponto de vista da Onofre

“Temos a Pesquisa de Engajamento, realizada em parceria com a CVS, há três anos. Os índices de engajamento são referenciais de mercado. Na pesquisa Advantage, temos melhorado nosso posicionamento consistentemente nos últimos anos”, ressalta o diretor de Marketing da Onofre, Eduardo Mangione.

Ele enfatiza que trabalhar na Onofre é ter a oportunidade de exercer a profissão de forma ética, responsável e aplicar os conhecimentos técnicos para ajudar as pessoas a alcançar o seu potencial máximo de saúde: “Hoje somos 241 farmacêuticos, dividido em diferentes unidades de negócio, administrativo, OEC (hubs de centros de distribuição), CD e Call Center. Quando o farmacêutico começa, ele passa por dois dias de treinamento e ao decorrer da sua trajetória ele é capacitado em Serviços farmacêuticos (injetáveis, glicemia capilar, monitoramento de pressão arterial, diabetes, vacinas em adultos e crianças, dentre outros treinamentos)”.

Segundo Mangione, as oportunidades de crescimento para os farmacêuticos são amplas, eles podem seguir a área gerencial das lojas, Call Center, OEC, CD e participar de processos internos paras diversas áreas do administrativo. Ele explica que o farmacêutico é responsável pelo controle e execução dos processos regulatórios e sanitários da loja, presta assistência farmacêutica, realiza serviços farmacêuticos e acompanhamento para atendentes trainees e atendentes.

O diretor conta quais são as principais exigências no momento da contratação e relaciona as características que o farmacêutico deve possuir para ser contratado.

  • Ser formado em Farmácia e possuir o CRF ativo;
  • Total disponibilidade de horários e para escala 6x1;
  • Ter estabilidade profissional;
  • Conhecimento em rotina farmacêutica;
  • Ética;
  • Boa comunicação;
  • Polivalência;
  • Espírito de liderança;
  • Foco em atendimento + resultados; e
  • Pró atividade.

Em prol do reconhecimento e incentivo aos colaboradores, a rede oferece uma estrutura de cargos e salários, desde o cargo mais operacional até a função de gestão da loja. “Para as demais unidades de negócio, as estruturas estão desenhadas de forma que todos os colaboradores enxerguem a oportunidade de desenvolvimento, desde que se preparem para isso, dentro de suas realidades e necessidades”, reconhece Mangione.

O executivo menciona também que a Onofre investiu na capacitação dos farmacêuticos por meio do Programa de Formação e Habilitação de Farmacêuticos em Vacinação, realizado em outubro de 2018 pelo ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-graduação para o Mercado Farmacêutico. “Toda a formação técnica desenhada para farmacêuticos que impacta positivamente suas entregas, desde que aquilo que é transmitido possa ser levado a frente pelo treinando. Os nossos profissionais estão altamente preparados para atender as demandas nas nossas unidades”.

Ponto de vista de quem trabalha e já trabalhou na rede

As plataformas digitais de classificados de emprego, como Love Mondays, Catho e Infojobs, ajudam os profissionais a identificar pontos positivos e negativos nas empresas brasileiras. A favor da Onofre estão pontos positivos como plano de saúde, convênio odontológico, vale transporte, vale alimentação, ótima estrutura, plano de carreira, oportunidade de crescer profissionalmente, investimentos pontuais em tecnologia, excelente ambiente de trabalho, administrativo coerente e acessível e constante treinamento dos profissionais para atuarem nas unidades.

Pesam contra a Onofre, excesso e acúmulo de atividades que acabam prejudicando as equipes, falta de comunicação com os funcionários, maleabilidade com os dias de folga e os poucos benefícios não são garantidos para todos os colaboradores, além da carga horária excessiva.

A farmacêutica, Fernanda Oliveira Shimiditt, de São Paulo, conta que trabalhou em uma unidade na capital paulista por três anos e meio. “Eu entrei como estagiária, na época eu realizava muitas funções, mas, todas destinadas ao perfil profissional de um farmacêutico. Eu até entendia que havia funções que os responsáveis deveriam realizar, mas eu tinha um objetivo: ser contratada, então, eu nunca medi esforços dentro da unidade para trabalhar e alcançar meu objetivo. E aprendi muito...coisas que a faculdade não consegue transmitir ao aluno. Tanto que quando saí, fiquei muito sentida, hoje percebo que foi uma experiência extraordinária, aprendi, ensinei e vivenciei situações profissionais que me agregaram muito valor”.

Já o farmacêutico Wesley Gonzaga Jaime, 34 anos, do Rio de Janeiro, foi um dos primeiros farmacêuticos contratados na unidade do RJ, por lá ele atuou durante dois anos. Ele ressalta que aprendeu muito e que ficou fascinado com o investimento em tecnologia que a rede realizou nos últimos anos. “Os farmacêuticos que atuam na Onofre têm condições de dar atenção ao paciente quando ele entra na unidade em busca de algum medicamentou ou até mesmo somente para pedir informação sobre determinado tratamento. Não precisamos ficar preocupados em procurar o medicamento nas prateleiras, nem no estoque, os processos dentro das unidades da rede são todos automatizados. E isso é um ganho enorme para o tempo de atuação do farmacêutico. Temos condições de realizar a atenção farmacêutica, que é o nosso proposito enquanto profissional”.

Outra farmacêutica, H. S. L, de Bragança Paulista, que não quis se identificar, ressaltou essa questão da facilidade no trabalho do farmacêutico mediante a automatização das farmácias. “O investimento em tecnologia facilita o trabalho de atendimento farmacêutico. Eu trabalhei apenas seis meses na unidade reestruturada, localizada na Avenida Paulista. Denominávamos de flagship, a reestruturação aconteceu para acompanhar a demanda de um mundo cada vez mais conectado, ágil e bem informado. Lá foi o primeiro espaço a receber o novo logotipo da Onofre CVS Pharmacy em sua marquise, além de telas interativas, serviço de self-checkout e um robô que automatiza o armazenamento, distribuição, manipulação e separação de medicamentos. Muito orgulho em ter participado dessas mudanças, a operação tornou a farmácia mais tecnológica da América Latina”.

A ex-funcionária conta que o projeto da unidade é focado no conceito omnichannel que recebe pedidos do site e por encomenda. “Além disso, a unidade também conta com os serviços da Onofre Clinic, espaço que disponibiliza serviços básicos como acompanhamento a gestante, aplicação de vacinas, aferição de pressão, teste de glicemia, entre outros serviços. E são os farmacêuticos responsáveis por essa demanda, esse serviço nos aproxima do paciente e nos fortalece enquanto profissionais da saúde”.

Frustação por salário baixo

O farmacêutico, Wilson da Silva Constantine, trabalhou na Onofre em São Paulo durante um ano e meio. Ele afirma que a rede paga em dia, mas que deveria investir na capacitação para crescimento profissional. “A empresa está em expansão, com oportunidades de crescimento para cargos mais baixos e para trocas de departamento. Todas as unidades são bem localizadas, o que garante um grande fluxo de clientes no decorrer do dia. O que me deixou frustrado foi o salário baixo, o péssimo acompanhamento profissional e plano de carreira, muitos gerentes, ambiente engessado, muito cargo alto com pouca ou nenhuma experiência na área, ambiente político, falta de comunicação entre setores, pouco espaço para criatividade e inovação dos próprios funcionários. Falta acompanhamento profissional e melhora na comunicação em geral.

Já a farmacêutica, R.C.O., 35 anos, que pediu para não se identificar, atuou na Onofre em São Paulo durante quatro anos. Ela relata que tinha dificuldade no deslocamento, pois morava muito longe da unidade na qual ela trabalhava e conversou com o gerente da loja para ser transferida para uma mais próxima da sua residência. “Quando você vai fazer entrevista, a empresa fala de transferência sem complicação, mas na verdade para ser transferido para uma unidade mais próxima da residência é um sacrifício, eles enrolam, falam que não tem vaga, inventam uma série de coisas para não transferir. Mediante esse empecilho eu tive que sair, porque a jornada de trabalho é pesada, finais de semana, feriados, mas nós farmacêuticos, que atuamos no varejo, estamos cientes disso, porém, no meu caso, não chegava a ser a viável, devido ao tempo no meu deslocamento. Apesar de tudo isso, eu aprendi muito”.

Para o farmacêutico, I.R.N, de 28 anos, que atua em uma unidade na capital paulista a empresa dá oportunidade de crescer aos farmacêuticos e demais profissionais. “A conciliação com a vida social em drogaria é um pouco difícil, até mesmo porque o ramo funciona dessa forma e dificilmente até obter reconhecimento e crescimento profissional suficiente haverá mudança. O que acredito ser um benefício é que os gerentes e a diretoria ouvem as opiniões dos funcionários e clientes e sempre há uma reunião para exposição de ideias. Falta maleabilidade nas folgas, é necessário valorizar o descanso de quem faz bastante pela companhia. Minha sugestão é 6x2 talvez”.

Atuação da Onofre no mercado

O principal objetivo da rede é ajudar as pessoas a alcançar o seu potencial máximo de saúde. “Amparar o cliente a fazer o gerenciamento da sua saúde é o principal papel do farmacêutico da Onofre. Quando trabalhamos com as normas das boas práticas e assistência/atenção farmacêuticas ficamos mais próximos das pessoas, podendo realizar um serviço diferenciado e de total qualidade”, conta Mangione.

A atenção farmacêutica é uma realidade nas unidades da rede, o farmacêutico não precisa mais parar de atender o consumidor para buscar um medicamento, o que dependendo do caso demorava muito tempo. Atualmente, ele pede o medicamento no estoque por meio de uma tela e o robô faz a entrega. Assim, o farmacêutico fica focado no que é importante: ajudar o cliente na gestão do seu tratamento.

Esse robô é uma das atrações dessa transformação tecnológica na qual a Onofre investe, esse personagem da nova era que automatiza o armazenamento, distribuição, manipulação e separação de medicamentos. “Ele atua no container, não circula entre os clientes. É responsável por agilizar inúmeras tarefas operacionais: aloca medicamentos de maneira eficiente, controla as datas de validade dos produtos, e os organiza de maneira inteligente, colocando os de maior saída na frente”, conta o diretor de TI da Onofre, Joaquim Garcia.

O executivo acrescenta que, com a atuação do robô, foi possível reduzir em 75% em média o tempo de atendimento. Sem o robô, consumia cerca de seis minutos e, agora, o atendimento não passa de um minuto e meio. “Ganha em tempo o cliente e também o atendente, que pode personalizar o atendimento, sem se preocupar com o operacional. Com todos esses avanços, essa operação torna a Onofre a farmácia mais tecnológica da América Latina”, garante Garcia.

Para que os funcionários também se adaptassem às novidades, foi realizado um grande treinamento durante um mês. Um processo seletivo, primeiramente interno, também foi feito. Após um mapeamento realizado pela empresa, viu-se a necessidade de que os farmacêuticos e atendentes tivessem familiaridade com tecnologia e didática para ensinar os clientes a se relacionar com os novos métodos de compra oferecidos. Cerca de 30% dos funcionários foram reaproveitados.

Entre 2014 e 2016, foram fechadas 12 lojas deficitárias. A gestão foi profissionalizada, os processos foram padronizados e houve grandes investimentos em tecnologia. Nos últimos anos, a rede tem apostado bastante no comércio online e na experiência única e simplificada para os seus clientes. “Ser uma drogaria completa, entregar o melhor para o cliente de forma que ele encontre nas nossas unidades tudo que ele necessita é o nosso maior objetivo”, afirma Mangione.

Vendas online

A estratégia da companhia é apostar pesado no comércio online, diz a presidente da empresa. Elizangela afirma que esse plano vai na contramão dos concorrentes, que têm um ritmo intenso de abertura de lojas, e até da própria matriz. Nos Estados Unidos, a empresa tem 9,5 mil farmácias e faturou no ano passado R$ 558 bilhões. "Poderíamos abrir 50 unidades físicas só com o investimento que fizemos no canal online", compara a presidente, sem revelar os valores investidos.

Segundo Elizangela, a decisão de dar prioridade ao varejo eletrônico foi tomada após avaliações de que com abertura de farmácias em ritmo muito acelerado, cresce o risco de perdas por encalhe ou falta de produto. Isso porque o giro dos produtos é diferente. Dos cerca de sete mil medicamentos vendidos na rede, cerca de dois mil, por exemplo, têm uma saída muito mais rápida. A empresa trocou então a plataforma de comércio eletrônico, investiu em logística e em novos centros de distribuição. A rede, no entanto, não abandonou a expansão de unidades físicas. Atualmente, as vendas online representam 48% do faturamento da companhia no País.

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