HARMONIZAÇÃO FACIAL - PROTOCOLO FARMACÊUTICO

HARMONIZAÇÃO FACIAL - PROTOCOLO FARMACÊUTICO

As possibilidades de melhores salários e, principalmente, autonomia profissional e financeira fazem da estética um dos campos mais desejados pelos farmacêuticos na atualidade. Com rol de procedimentos muito apreciado por famosos, que buscam estar sempre ‘impecáveis’, a estética, antes exclusiva da medicina, viu seu acesso ser democratizado por biomédicos, dentistas e pelos próprios farmacêuticos.Prva disso é que o Conselho Federal de Farmácia (CFF) publicou a Resolução 616/15 que definiu os requisitos técnicos para o exercício profissional na saúde estética. Ao farmacêutico esteta cabe realizar recursos terapêuticos invasivos não cirúrgicos, aplicação de toxina botulínica, microagulhamento, preenchimento dérmico, entre outros.

Falar de farmácia estética é lembrar, quase que instantaneamente, à harmonização facial, que, segundo a farmacêutica esteta, especialista em estética avançada, Harmonização Facial e Lifting com Fios de Sustentação e professora do ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o Mercado Farmacêutico, Grazielle Jirousek, é uma área muito nova e é também o assunto do momento, assim, quem conseguir entrar e agarrar esse mercado, ainda inexplorado, terá tudo para se dar muito bem.

“A harmonização facial é o conjunto de procedimentos estéticos que, combinados, melhoram a harmonia do rosto, equilibra os traços, trata o envelhecimento facial, caracterizado pela perda da elasticidade da pele, queda dos tecidos, músculos e gordura”, explica a professora.

De acordo com Grazielle, muito se discute sobre até onde o farmacêutico pode atuar em estética e a legislação é clara sobre isso ao destacar que tudo o que não for diagnóstico de uma doença não é exclusividade da medicina. Na farmácia estética se tratam olheiras, rugas, gordura localizada - que não são doenças - logo legitima os farmacêuticos e outros profissionais de saúde a seguirem por esse caminho.

A professora conta que, como o próprio nome sugere, a harmonização facial busca uma ‘harmonia do rosto’. Não se quer chegar a um padrão de beleza, a uma padronização facial, como difundido no passado, e é daqui que advém o sucesso e grande procura por esses procedimentos, dado que os farmacêuticos estetas possuem olhar apurado para valorizar a beleza individualmente, analisando as especificidades e características de cada paciente.

“O que queremos é valorizar a beleza de cada um. O conceito de beleza é muito discutível, algo que acredito que seja belo, talvez não seja belo para você. É muito subjetivo, contudo, para o nosso cérebro, o que ele consegue entender como beleza é algo que ele consegue entender facilmente. [A beleza] é muito subjetiva e o que nós fazemos na harmonização não é padronização, é simplesmente pegar um rosto, e isso é muito individual, e trabalhar as características individuais, que vão fazer aquela pessoa ficar mais harmônica. É isso o importante na harmonização facial para você ter um resultado diferenciado, porque senão você estará trabalhando simplesmente uma padronização, o que não queremos”, fala Grazielle.

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Ela relembra que a toxina botulínica chegou ao mercado brasileiro nos idos de 1999, com um acesso completamente restrito à elite, e se dava, apenas, por meio do médico dermatologista atualizado e familiarizado com o uso. A entrada de farmacêuticos, biomédicos, dentistas e outros profissionais nessa rota, nos anos mais recentes, tornou o ‘botox’ mais popular e acessível, democratizando a estética no país. “A estética não tem exclusividade”, atesta Grazielle.

Segundo a professora, harmonização facial não se resume a preenchimento. O farmacêutico pode trabalhar tanto na estética facial como na corporal, atuando com:

  • Toxina botulínica
  • Preenchimento facial
  • Fios de sustentação
  • Correção de orelhas de abano
  • Microagulhamento/Laser
  • Bioestimuladores

Sobre fios de sustentação, por exemplo, Grazielle fala que o procedimento não tem corte e é realizado com pequena anestesia local. Outro queridinho do momento é a correção das orelhas de abano, que antes somente poderia ser feita por cirurgia de otoplastia, agressiva e que reflete uma incisão atrás da orelha para fazer uma amarração na cartilagem.

“O paciente precisa ficar com capacete por 30 dias após essa cirurgia, fica com dores e nós, farmacêuticos, estamos democratizando o acesso da população, estamos nos especializando numa técnica não cirúrgica para correção das orelhas de abano. Estamos oferecendo a possibilidade de correção sem corte, a recuperação é de um dia para o outro, com um preço muito inferior ao realizado com a cirurgia. Já vi profissionais que cobram de R$ 1.600 até R$ 3.000 e eu estou comparando a um procedimento de R$ 12.000 a R$ 15.000”, revela Grazielle.

No caso do microagulhamento, a professora explica que se trata de uma renovação celular e consequentemente um ‘up’ na autoestima dos pacientes, “afinal quem não gosta de ficar com a pele sem manchas, diminuir um pouquinho as rugas?”, questiona.

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No entanto, farmácia estética não é brincadeira. Se por um lado o farmacêutico adquiriu grandes poderes, com eles vêm maiores responsabilidades. A professora conta que a área exige muito estudo e conhecimento, não há margem para erros, dado que eles se refletirão em lesões no rosto do paciente, por exemplo, do mesmo modo que a pessoa entrar para tratar uma mancha e sair do consultório com uma maior. As pessoas que querem uso da toxina botulínica não almejam deixar a sala do farmacêutico com o olho fechado e sorriso torto. Vale o alerta: um preenchimento mal feito pode causar cegueira, acidente vascular cerebral (AVC) e morte.

“No ano passado houve um caso de cegueira causado por uma dermatologista de São Paulo. Já houve mortes. [Por isso que] digo que com grandes poderes, grandes responsabilidades, e nós honrarmos a profissão farmacêutica, porque estamos entrando em uma área relativamente nova, estamos pegando o mercado de uma área dominada pela medicina. Temos que entrar com muito estudo, com muita responsabilidade e, o principal, fazendo com segurança. Essa segurança se conquista com estudo. Quem quer entrar na estética tem que estudar muito”, enfatiza a professora.

Toxina botulínica

Grazielle comenta que a toxina botulínica, tão difundida na atualidade, é a entrada do paciente no consultório do farmacêutico esteta. Ela diminui a aparência de rugas dinâmicas. Vale lembrar que existem dois tipos de rugas: as dinâmicas e as estáticas.

  • Rugas dinâmicas são as que aparecem no movimento de contração da musculatura da face. Quando se tem uma pele jovem, elas são puramente dinâmicas e só aparecem quando a pessoa sorri, faz cara de brava ou de assustada, aparecendo e desaparecendo espontaneamente quando a expressão facial retorna para a normalidade.
  • Rugas estáticas são definitivas. O movimento repetido de contração, em associação com as alterações da pele próprias do envelhecimento, como a perda de colágeno e de elasticidade, faz com que as rugas dinâmicas se tornem estáticas

“Na toxina botulínica, que fazemos no consultório, aplicamos com microinjeções, em músculos específicos do rosto (são mais de 40 músculos), ou seja, o profissional tem que saber exatamente onde está aplicando para não aplicar no músculo errado e, ao invés de retirar rugas, pode deixar a pessoa com a boca torta ou com olho fechado”, alerta a professora.

Segundo ela, não existe uma aplicação padronizada de toxina botulínica, por cada rosto ser diferente. As musculaturas de homens e mulheres, aliás, se diferem. A toxina botulínica é utilizada principalmente na região do terço superior do rosto, mas aqueles que se especializarem em cursos mais avançados aprenderão a aplicá-la para empinar a ponta do nariz e até corrigir o sorriso gengival.

O procedimento também pode ser aplicado no queixo, no ângulo da boca, na região orbital dos lábios, em indicações mais odontológicas, como o tratamento de bruxismo, ou até mesmo para enxaqueca. Tudo isso requer um aprofundamento na anatomia do rosto e fisiologia.

Preenchimento facial

Com a aplicação de toxina botulínica vem o pedido de preenchimento facial - os carros-chefes da harmonização facial.

“O que fazemos é verificar o rosto do paciente e entender quais são as áreas onde podemos [fazê-lo], com pequenas mudanças, de repente aumento de lábios, aumento da distância do rosto. Existe uma matemática por trás do rosto, distâncias e proporções padrões para um rosto, e é isso que podemos utilizar para alguns ajustes. [É com essa proporção que enxergamos] o que seja tido como natural e o preenchimento facial devolverá o volume através da aplicação de ácido hialurônico”, explica Grazielle.

Fios de sustentação

A professora fala ainda sobre os fios de sustentação, técnica relativamente nova, que permite um lifting não cirúrgico na região temporal do rosto, ou seja, a famosa ‘levantadinha’, melhorando os ‘pés de galinha’ e abrindo o olhar do paciente.

Quer saber mais sobre Harmonização Facial - Protocolo Farmacêutico? Assista agora mesmo a webaula com a professora do ICTQ, Grazielle Jirousek.

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