A indústria farmacêutica Moderna revelou nesta quarta-feira (05/08), que está prestes a finalizar o registro para conclusão do seu estudo de fase três da sua candidata à vacina contra o novo coronavírus (Covid-19). Segundo a companhia, a expectativa é que até o final de setembro deste ano, a análise seja concluída. Neste sentido, a empresa também revelou que custará US$ 32 a US$ 37 (equivalente a R$ 169,99 a R$ 195,40) por dose do antígeno.
Contudo, o CEO da empresa, Stéphane Bancel, afirmou que a companhia está em discussão com líderes de alguns países para fazer acordos de maior volume, para que o antígeno seja vendido a um preço mais baixo, caso sua eficácia definitiva seja comprovada. “Estamos trabalhando com governos de todo o mundo e outros para garantir que uma vacina seja acessível, independentemente da capacidade de pagamento”, afirmou ele, em matéria publicada na CNN internacional.
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Vale ressaltar que o preço que será pela substância imunizante da Moderna é superior ao valor do antígeno da Pfizer e BioNTech, que saiu por US$ 19,50 (equivalente a R$ 102,80) a dose, em um acordo feito entre as indústrias e o Governo americano.
Outra empresa que, recentemente, revelou o valor da sua potencial vacina foi a AstraZeneca. De acordo com o diretor da indústria farmacêutica, Pascal Soriot, o antígeno, desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford, terá um preço de custo de € 2,5 (equivalente a R$ 14,90) por unidade, segundo informação divulgada pelo UOL.
Doses vendidas
O potencial antígeno da Moderna já foi fornecido para vários clientes, faturando mais de US$ 400 milhões (equivalente a R$ 2 bilhões), mesmo com a substância em finalização da fase 3 dos estudos. Nos testes clínicos, participam mais de 30 mil pessoas.
A vacina da Moderna, intitulada mRNA-1273, usa o mRNA (RNA mensageiro) para criar imunidade contra o novo coronavírus. O desenvolvimento do antígeno acontece por meio de uma parceria com o Instituto Nacional de Saúde e Autoridade Biomédica de Pesquisa e Desenvolvimento dos Estados Unidos.
Vale ressaltar que, além das doses vendidas, a companhia farmacêutica também recebeu cerca US$ 955 milhões (mais de R$ 5 bilhões) do governo americano, como incentivo às pesquisas do antígeno.
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