O medicamento contra câncer de mama Kisqali, da Novartis, reduziu o risco de recorrência em pouco mais de 25% em um teste crucial em mulheres diagnosticadas em estágio inicial, posicionando a farmacêutica suíça para conquistar novos pacientes e desafiar a forte rival Eli Lilly.
A empresa disse nesta sexta-feira (2) que a redução relativa do risco de recorrência do câncer foi de 25,2% e que os resultados foram amplamente consistentes, independentemente do estado de menopausa ou progressão do câncer dos pacientes.
O Kisqali foi usado no estudo junto com a terapia endócrina padrão para tratar um tipo de câncer que cresce em resposta a hormônios e foi comparado a esse tratamento isoladamente.
Receba nossas notícias por e-mail: Cadastre aqui seu endereço eletrônico para receber nossas matérias
A Novartis deu uma breve prévia dos dados do Kisqali em março, impulsionando suas ações e perspectivas de crescimento.
O medicamento foi aprovado para tratar o câncer de mama causado por hormônios que se espalhou para outras partes do corpo, onde a Novartis conquistou participação de mercado do Ibrance, da Pfizer.
Mas um diagnóstico precoce, quando os tumores ainda podem ser removidos cirurgicamente, é muito mais comum, representando cerca de 90% dos pacientes.
Ainda assim, medicamentos melhores são necessários após a cirurgia porque o câncer retorna mais tarde entre um terço e metade dos casos.
A Novartis enfatizou taxas muito baixas de efeitos colaterais sintomáticos em seu estudo, importantes para pacientes que enfrentam tratamento de anos, com diarreia grave afetando apenas 0,6% dos participantes usando o Kisqali ante 8% a 20% das mulheres em testes com o medicamento Verzenio, da rival Eli Lilly.
A divulgação aumentou a confiança do mercado nas metas emitidas pelo presidente-executivo Vas Narasimhan para o crescimento anual das vendas de 4% até 2027 e uma margem de receita operacional principal de 40% a partir de 2027, disseram analistas.
A Novartis solicitará aprovação para uso mais amplo nos Estados Unidos e na Europa antes do final do ano, acrescentou.
Participe também: Grupo de WhatsApp e Telegram para receber notícias farmacêuticas